Voltando do shopping, à noite, tudo me alertava que finalmente a ficha tinha caído: ela tava indo embora. O choro dela ao se despedir me derrubou por fazer perceber que não ia mais vê-la todos os dias, mas me engrandeceu por uma pessoa tão bacana como ela me considerar tanto assim.
No outro dia de manhã, chega a outra triste amiga-anjo em casa e então partimos pro aeroporto, nervosas, esperando que ela gostasse da surpresa.
Chegando lá, a gente a encontra e ela nos recebe com um sorriso triste... E o tempo tão chato decide acelerar os minutos, pra que 'ela' chegue e nos enfrente: a despedida.
Entender que ela vai embora é estranho. Parecia que nós estávamos vendo ela ir viajar, se despedindo do namorado, mas com uma fala do tipo: 'aguenta aí gente, daqui uns 15 dias eu tô de volta!' É, não vai ser assim não.
Daí a gente se abraça, e se abraçando se despede. 'Eu vou sentir saudade', 'se cuida', 'eu te amo amiga' são coisas que a gente não queria ter dito... Daí a gente chora, aquele choro de saudade antecipada, de risada desperdiçada, de bobagens não ditas, de momentos não vividos.
Depois de se despedir dela, a gente dá tchau pro pequeno, com outro nó no coração. Então eles vão embora. No celular chega a mensagem dela: 'Te amo, amiga!' e a gente volta pra casa, meio sem entender o que tinha acontecido. Lá, as duas que ficaram ficam meio.. zonzas. Ouvem: 'Meu! É muito esquisito só vcs duas... São três!', 'Nossa, que coisa tristeee! Fefs e Nani sem Paty'. Oba, só mensagens de apoio... =/
Tooooda vez que eu vejo a foto de nós três nos abraçando na despedida ou qualquer outra foto de nós três juntas em qualquer um dos nossos milhões de momentos eu tenho taanta vontade de chorar! Não, não é exagero... Eu sei que ela não se mudou pra outro mundo, que Brasília nem é tãão longe assim e tal... Mas eu sinto uma saudade tão grande (mesmo só fazendo um dia que ela foi) que é até esquisita.. Parece que a saudade entende que é momento de se mostrar. É que sempre que alguma coisa importante acontece com qualquer uma de nós três a gente se fala, pra contar. E agora eu quero falar com elaaaaa, perguntar tudo, como é, como tá, como foi... Mas, plaft! Não dá..
Tudo isso se resume na coisa que mais me deixa triste: a presença da ausência.
(pra nós três, amiga, o pra sempre é sempre pouco.)