quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Açúcar

Esquinas, docinhos
flores e nuvenzinhas de algodão
Nada aqui é preto e branco
Todo o sorriso cabe dentro de mim
E se mostra, e explode, brilhando
quando me lembro do teu nome.
Eu sou toda feita de cores
e cada uma leva um sonho
Sonhos de sair daqui, sonhos de chegar lá
ou sonhos de ver você me olhar
Eu gosto de você
E gosto de pensar na sua risada
(vermelha, azul e branca)
enquanto ando pela avenida frenética.
Todos estão percebendo (tá bem fácil de ver)
Que há algum tempo, bonito,
Meu coração anda tocando música...


terça-feira, 26 de agosto de 2008

Para Todas As Coisas

Para seduzir, olhar
Para divertir, bobagem
Para o carro, devagar
Mas para enfrentar, coragem

Para acreditar, mentira
Para discutir, opinião
Para levantar, sol
Mas para dormir, colchão

Para entender, conflito
Para se ganhar, amigo
Para deletar, mensagem
Para o verão, viagem

Para fofocar, revista
Para distrair, TV
Para uma dieta, açúcar
E para amar, você

Para encontrar, vontade
Para atravessar, a ponte
Para desejar, sorte
E para ouvir, Marisa

Para Capitu, Machado
Para uma mulher, Clarisse
Para Guimarães, Brasil
Na terceira margem do rio

Para o secador, molhado
Para o colar, anel
Para o batom, um beijo
Sempre muito apaixonado

Para se pintar, espelho
Para se perder, aposta
Para dividir, segredo
Para namorar, se gosta

Para um biscoito, avó
Para comprar, essencial
Para todas as coisas, nó
E para terminar, final


-

essa música,
meu mais novo vício
Ana Cañas,
minha mais nova favorita

domingo, 24 de agosto de 2008

23º é 1º?

Acabei de ver a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Pequim. De novo cores estonteantes, movimentos sincronizados, tecnologia a serviço do espetáculo e disciplina militar. Mas nem é essa a questão que me fez vir escrever aqui.
O Brasil, nosso Brasil brasileiro, termina os Jogos em 23º lugar na classificação geral. Nada mal, diriam uns. Péssimo desempenho, diriam outros. Há como comparar nossas suadas 15 medalhas com as 100 ganhadas pelos chineses - que terminaram em primeiro lugar - ou as 110 conquistadas pelos norte-americanos? É claro que a questão também não é essa. Não podemos desmerecer nossos atletas, super hiper óbvio. O Brasil tinha tudo pra ser uma grande potência do esporte (e das artes, e da economia, e da educação...), mas é bem visível que a prioridade dos que governam nosso país não é essa. Nada disso é importante para eles, afinal nada disso se chama dinheiro.


Não acho que é por isso que temos que fazer um mega carnaval por uma medalha de bronze. É sim uma conquista enorme pra quem está lá, mas fazer um mega escândalo (como a imprensa brasileira fez: "fulana ganhou o bronze e fez históriaaaa! É a primeira mulher de 28 anos, 5 meses e 17 dias a conquistar uma medalha de bronze individual desde as olimpíadas passadas!!") já é demais. A palavra que falta é incentivo. E a que sobra é cobrança. É como se contentar com migalhas: agimos como se estivéssemos em primeiro lugar e o Brasil se rebaixa, como se medalhas de bronze fossem o máximo que merecêssemos. Pode parecer um pouco egoísta isso que eu estou escrevendo, mas não quero menosprezar o feito dos atletas, DE JEITO NENHUM, só acho que eles deveriam saber que podem ser ouro, mesmo que pra isso tenham que treinar em outros países, que darão a eles muito mais chances de vitória. Como o César Cielo fez.

Falando em Cielo, o que é aquele homem? Jesus, apaga a luz! Eu quase morri na frente da TV quando ele ganhou o ouro, foi muito, muito legal (e essa semana ele passou na Paulista e eu, mesmo estando lá, não vi! D:).

Tem uns resultados que não podem ser explicados em jogos como estes. Como as medalhas de prata das seleções feminina de futebol e masculina de vôlei. Lembro do meu amigo (Xo!) falando na faculdade depois da derrota feminina "Foi muito injusto... Elas jogaram bem melhor". E eu senti a mesma coisa ontem, quando via o Brasil perder pros EUA (Valeu aí, Tio Sam querido!) no vôlei masculino. Meu, pra mim, é claro (limpído, transparente, resplandescente) que eles são os melhores - do mundo-, assim como 2 e 2 são 4. Nem consegui ver o jogo inteiro, desliguei a TV e fui dormir.

E hoje tudo termina, pra voltar daqui a quatro anos, em Londres. Eu vou ter 22 (!) anos, já vou ter terminado a faculdade (acho) e vou estar morando no Rio (espero). Será?

Agora é hora de tirar meu mascotinho vermelho de pelúcia das Olimpíadas do meu chaveiro e guardá-lo numa gavetinha, pra que ele durma bem enquanto entra pra história.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

51, uma boa idéia

Este é o 51º post do blog. Eu nem sabia disso, descobri agora quando fui postar e achei que era uma informação de extrema relevância (mentira). Mas resolvi começar com isso porque percebi que sou mais uma na multidão dos afetados pela publicidade brasileira. Logo que vi o "50 postagens", minha mente automaticamente fez as ligações 50 -> 51 = 51, uma boa idéia.

É a mesma coisa que acontece quando perguntam "cadê meu celular?" e ouve-se um coro de "tá nas Pernambucanas!". Acho isso ao mesmo tempo tosco e fascinante: é o poder da propaganda e da força de martelar uma idéia na cabeça de um número enorme de pessoas.

Outro exemplo: um amigo me disse que a Net (empresa que fornece TV a cabo/internet/sei lá mais o quê) estava se instalando em Itu. Então eu disse: "é, na Sibéria não tem nada disso!" Ele deu uma risadinha e ficou por isso mesmo. Só depois, quando o assunto foi parar numa roda maior de amigos, que ele sacou que eu estava me referindo a uma frase que a Net usa em seus comerciais.

Adoro ler sobre estes assuntos, sobre como a publicidade inteligente coordena a mente do seu público-alvo sem que ele perceba (como no caso das cores como atrativos: vermelho e amarelo para restaurantes - vide Mc Donald's e Habbib's -, branco para provadores de roupas etc.), ou sobre os nomes de marcas que, de tão fortes, acabam substituindo o nome do produto em si (Nescau/Toddy para achocolatado, Xerox para fotocópia, Bombril para palha de aço, Miojo para macarrão instantâneo, Chiclete para goma de mascar...), e fico me perguntando o quanto isso é bom ou ruim pras pessoas. É como se nunca tivéssemos saído da escola, já que estamos constantemente sendo ensinados a como se deve agir, pensar e ser. Nossa essência poder acabar se perdendo no meio desse caminho.


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Fui dois dias dessa semana à Bienal do Livro (já falei dela em posts passados), e foi bem legal. Não tinha quase nada estupidamente barato (como eu esperava que tivesse), mas deu pra garimpar umas coisas bacaninhas, como camisetas lindas estampadas com poesias ou frases de gente inteligente (Machado de Assis, Woody Allen, Vinícius - ai! - de Moraes, Fernando Pessoa...) ou livrinhos de clássicos por R$3,50 cada (4 por 10 reais!). Além, claro, de admirar aquele graaaaaande evento que incentiva a leitura, uma coisa mais que fundamental pros filhinhos, pros papais, pros vovôs ou pra quem quer que seja. E ainda vi o Maurício de Souza e abracei o Menino Maluquinho! hahaha =)

O Fernando Meirelles não foi pra Bienal. Dias depois de ter visto o nome dele na programação, mandei um e-mail confirmando a linda informação e a fofa da assessora, muito educadamente (not!) me disse que ele não ia. E também não pude ir no dia em que a Marília Pêra foi. Mas pelo menos a Ana Júlia conseguiu o autógrafo do Demétrio Magnoli... hahaha


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Ainda preciso falar sobre a exposição de Bossa Nova na Oca, não posso esquecer! Mas vai ficar pra outro post...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Aos pés da diva

Ontem eu tive uma noite estrondosamente maravilhosa (adoro hiberbolizar as coisas - e inventar palavas que eu não sei se existem também). Li uma notícia no Metro de manhã e quase não acreditei nela: a minha cantora preferida, que eu amo, de quem eu sei quase todas as músicas de cor, de quem eu tenho trechos de letras espalhadas por todos os cantos, ia fazer a pré-estréia gratuita de seu documentário naquele dia mesmo, a noite, bem aqui na Avenida Paulista.

Era o lançamento do documentário O Mistério do Samba, que fala sobre a Velha Guarda da Portela, produzido pela cantora Marisa Monte.

Eu amo a Marisa Monte.

Caramba, foi muito bacana. Eu cheguei no Conjunto Nacional (onde foi a exibição) às 17h30, achando que ia poder ficar dando umas voltas na Livraria Cultura, já que os ingressos iriam começar a ser distribuídos só às 19h e a sessão seria às 20h. Até parece. Quando eu cheguei lá já tinha fila. Como fui sozinha, sentei no chão e fiquei minutos e minutos e minutos tentando me entreter pra que o tempo passasse rápido. Quando deu a hora, recebi meu ingresso, entrei na sala e sentei na segunda fila, beeeeem perto de onde ela ia ficar :B

O documentário foi muito bom. Lindo, delicado, super gostoso de ver, afinal, "quem não gosta de samba, bom sujeito não é"... Brincadeira, O Mistério do Samba é fofo mesmo. Assim que algum sambinha começava a tocar, todo mundo se mexia nas cadeiras, como numa coisa meio automática.

Depois da exibição a Marisa entrou, junto com dois produtores do filme prum debate. Meeeu, eu não consigo, ela é muito demais. Nossa!

Fui lá pra frente, quase nó pé do palco, tirar fotos dela (iééé, amo as super câmeras fotográficas da Cásper nessas horas!), e como todo mundo da imprensa tava ali, não estranharam que eu estivesse também. Acho que eu tirei milhares de fotos, um monte mesmo.

Ela ficou um tempo ali conversando com os espectadores e depois foi embora. Aí eu saí e uma moça da Natura me deu um perfume, Humor, de presente (hm, chato né) e eu fiquei mais contente ainda.

Peguei um táxi (tava morrendo de medo de não ter mais táxis e eu me ferrar o/) e voltei pra casa, feliz e cantando "ela que descobriu o mundo, e sabe vê-lo do ângulo mais bonitooo..."


Típica noite programada pra ser igual às outras que acaba sendo inesperadamente linda.


segunda-feira, 18 de agosto de 2008

About sadness

Sábado fui dormir com um milhão e meio de idéias de posts. Nossa, tinha um monte de coisas em mente pra postar. Acordei no outro dia e... esqueci tudo. Coisa estranha. Quem sabe depois eu me lembro de algo... Se bem que esses pensamentos noturnos sempre são esquecidos no dia seguinte, né? (Ou não)
Antes de dormir, desde pequena, eu viajaaava. Já inventei histórias de amor (pra viver de verdade e pra interpretar como atriz), já fiquei pensando na prova de física do outro dia, na bronca que a minha mãe tinha me dado, na festa que ia acontecer, no menino que me fazia suspirar... ou me imaginando daqui há uns anos, com meus sonhos realizados.

Eu fico imaginando muito, sonhando muito. É por isso (acho) que raramente meus planos vão pro real. Preciso começar a colocar as coisas em prática.

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Incrível como algumas banalidadezinhas (existe essa palavra?) podem em um dia triste soar como incentivo pra você. Você acorda estranha, e não tem vontade nenhuma de sair da cama. Aí sua mãe te liga (odeio morar longe da minha mãe vezes três elevado a décima oitava potência mais mil), dá bom dia e te lê uma mensagem que ela acabou de abrir no Minutos de Sabedoria dela: algo que diz a importância do pensamento positivo, porque pensar negativamente, além de não ajudar, atrapalha. Aí ela te deseja uma boa aula e diz que te ama. Funciona como injeção de ânimo, daquelas direto na veia.

Você se levanta, decide abrir a janela (algo que, normalmente, você só faz depois de ir ao banheiro, escovar os dentes, arrumar o cabelo etc.) e vê uma manhã LINDA (eu amo, amo, amo manhãs ensolaradas). É desanimador abrir a janela e ver cinza/tudo nublado/tempo horrível, e isso acontece quase todos os dias aqui em São Paulo. Mas hoje não. O dia estava lindo, lindo.

Eu encarei isso como um recado do papai do céu. Algo do tipo "vai, menina, vai devagar, mas continue indo". Fiquei feliz.

Na faculdade, pessoas queridas me ouvem, perguntam, respondem. Carinho plantado e alegria pelo carinho colhido.

Dormir a tarde, e sonhar. (Não faço outra coisa senão isso. Não, não dormir! Sonhar)

E já está na hora de ir dormir de novo. Posto pela primeira vez do meu quarto, onde eu fico sempre sozinha, sempre sozinha, sempre sozinha. Quero que a sexta-feira chegue logo...



Ninguém sabe o quanto de vitória e o quanto de derrota cada um carrega em seu viver.



um passo
de
cada
vez.

domingo, 17 de agosto de 2008

Oi? Como assim?

Momento quequéisso?! do dia:

Ele come feito um boi
Para suportar o seu espartano programa de treinamento – que prevê cinco horas de exercícios, dentro e fora da piscina, seis dias por semana –, Michael Phelps ingere inacreditáveis 12.000 calorias diárias

O cardápio de Phelps

Café da manhã
3 sanduíches de ovos fritos, queijo, alface, tomate, cebola frita e maionese
2 xícaras de café
1 omelete com 5 ovos
1 tigela de cereais
3 fatias de french toast com açúcar
3 panquecas com pedaços de chocolate

Almoço
1 pacote de macarrão
2 sanduíches de presunto e queijo
Bebida energética com 1.000 calorias

Jantar
1
pacote de macarrão
1 pizza inteira
Bebida energética com 1.000 calorias

Isso equivale:
Ao que 5 homens comem por dia
À metade do consumo calórico diário de um boi em regime de engorda
A tudo que a modelo inglesa Kate Moss come em 15 dias


(Fonte: Revista Veja - 20 de agosto de 2008)


Agora vem a pergunta: COMO FAZ?!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

As minhas melhores amigas

As minhas melhores amigas, quando lerem isto, saberão que é delas que eu estou falando.
As minhas melhores amigas são demais. São inteligentes, queridas (por todos), engraçadas e conselheiras.
As minhas melhores amigas são (muito) lindas, fortes, determinadas e batalhadoras. São sensíveis, meigas, são meninas e são mulheres.
As minhas melhores amigas são companheiras, divertidas, sonhadoras e muito, muito fofas.
As minhas melhores amigas adoram virar a noite dando risada. Também adoram ajudar, dar apoio e estender a mão bem na hora em que você precisa.
As minhas melhores amigas adoram(avam) boy bands, ataques groupies e ler agendas durante as aulas (como eu).
As minhas melhores amigas me fizeram (e fazem) rir e chorar. Me fizeram surpresas, me deram momentos e construíram histórias comigo.
As minhas melhores amigas acreditam nos meus sonhos. Fazem parte do meu coração. Ajudaram a construir o que eu sou hoje.
As minhas melhores amigas são muito especiais, são muito legais, são muito tudo.
As minhas melhores amigas gostam de mim e eu fico orgulhosa de mim mesma por isso.
As minhas melhores amigas me contam tudo, e eu conto tudo pra elas (mesmo que por pensamento em algumas vezes...)
As minhas melhores amigas são minhas melhores risadas.
As minhas melhores amigas são minhas irmãs porque nós quisemos assim.


E é por isso que distância é uma droga muito grande.
Mas, pra mim, nada mudou. A gaveta de vocês no meu coração continua, como sempre, gigante. Nada vai ser diferente. Deixa os anos passarem! Um, dois, cem, mil.

Vocês são minhas melhores.
E, por vocês, eu continuo comprando briga.
Pra sempre, loucamente.


sábado, 9 de agosto de 2008

Cinema BRASILEIRO (e Bienal do Livro!)

A intenção inicial era comentar os três ótimos filmes que eu assisti esta semana, mas descobri uma coisa muito legal agora, que me deixou super super super eufórica, e que eu quero compartilhar com vocês:

Dia 14 de agosto, quinta-feira da semana que vem, começa a 20ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, evento que por si só já me deixa empolgadíssima. Vai acontecer lá no Parque do Anhembi, em Santana. É um lugar enoooorme, bem bacana pra ser sede da Bienal (em 2006 foi lá também). É só ir de metrô até a estação Tietê e de lá pegar um ônibus gratuito até o Anhembi.


Vale muito a pena ir até a Bienal. Ver aqueles milhares de livros já é bem mágico, e melhor ainda são as compras produtivas que você pode fazer. Em 2006 comprei um monte de livros clássicos (Os Maias, Dom Casmurro, O Fantasma da Ópera, Helena...) por R$ 3,00 cada. E o ingresso custa R$ 10,00, ou seja, R$ 5,00 pra nós, estudantes :D

Fora tudo isso, acabei de descobrir uma coisa fuçando a programação no site da Bienal:

Autógrafos:
Dia 21/08 - Biografia Prematura e Liberdade de Imprensa - O Cinema de Intervenção: Fernando Meirelles


Ok. Morri. Estou oficialmente morta.



Eu fico naquela Bienal até as 3 da manhã se precisar pro Fernando Meirelles (!!!!!) autografar um livro meu.


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A Marília Pêra também vai estar lá autografando o Cartas a Uma Jovem Atriz, livro que eu já estou terminando de ler. Queria MUITO que ela autografasse o meu, mas ela vai num sábado (grrr) e de sábados eu me encontro no km 100 da Rodovia Castelo Branco (vulgo Estância Turística de Itu).


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Passada a euforia da idéia de pensar em ver o Fernando Meirelles pessoalmente (aaai), queria comentar os filmes que assisti esta semana:

O primeiro que vi não é brasileiro, mas vale o comentário por ser de uma sensibilidade incrível: O Escafandro e a Borboleta (Le Scaphandre Et Le Papillon, França/EUA, 2007), de Julian Schnabel, conta a história de um homem que, após sofrer um derrame, fica com todo o corpo paralizado, conseguindo movimentar só seu olho esquerdo. Nessa nova condição, ele tenta aprender algo que nunca lhe pareceu tão difícil antes: viver.


Fui convidada para uma cabine do filme Nossa Vida Não Cabe Num Opala (Brasil, 2008), filme baseado na peça Nossa Vida Não Vale um Chevrolet, de Mario Bortolotto. Foi beeem legal. O diretor, Reinaldo Pinheiro, estava lá e conversou com a gente sobre o filme, o processo de montagem e a luta que é fazer um longa no Brasil. O filme tem atores ótimos, como o Milhem Cortaz (que fez Tropa de Elite e agora está no ar na novela Chamas da Vida, da Record), o Jonas Bloch e a Maria Luiza Mendonça, e ainda tem a Marília Pêra e a Dercy Gonçalves fazendo participações especiais. Conta a história de uma família paulistana de classe baixa totalmente corrompida que, mesmo após a morte do pai, não consegue se livrar de seu modo de vida antigo. Tem cenas bem fortes, muitos palavrões (óbvio, filme brasileiro que não envolve a Xuxa nem o Didi) e cenas de sexo (dãh, idem), mas vale a pena assistir. É real, é jovem e, acima de tudo, é brasileiro. Para que o filme não saia de cartaz muito rápido, precisa de 5 mil espectadores na primeira semana. Não custa nada ajudar, né gente. Estréia dia 15 de agosto.


E, por último, fui assistir Era Uma Vez... (Brasil, 2008), filme de Breno Silveira, o mesmo diretor de Dois Filhos de Francisco, com o Thiago Martins e a Vitória Frate, atriz que eu não conhecia ainda. O filme traz a proposta de um enredo que mostre uma versão contemporânea de Romeu e Julieta. Ficou muito fofo, gostei bastante também. Li algumas críticas dizendo que o final é fraco. Nao achei, afinal ele cumpre aquilo a que se propõe...


Esse post deve ter ficado enorme...

Odeio vida de dona de casa

- Faz almoço!
- Ok, faço, de boa. (Vou para a cozinha)
- Owwww Fernanda, vem cá!
- Fernnaaaaaaaanda, vem aqui.
- Que foooi?
- Ah não, nada de gritar. Ou ela vem aqui ou você vai lá ver o que ela quer.
- Fernandá, esse computador tá ligado faz mil séculos. Vou usar seu notebook.
- Usa, mas deixa o computador lá.
Faz salada. Faz arroz. Esquenta tudo. Faz hamburger.
- Fernanda, por que seu notebook está assim?
- Queimou o hamburger? Ah, Fernanda, você esqueceu?!
- Por que seu notebook tá assado?
Já esfriou tudo. Esquenta tudo de novo.
- Seu notebook não escreve! FERNANDAAAA? Tô te chamando meu!

...

- Gente, vem almoçar.
- Já vou.
- Agora não, peraê.




Só pra deixar registrado - agora eu entendo as mães.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

With A Little Help From My Friends

Do you need anybody?


I need somebody to love!


Could it be anybody?


I want somebody to love!


(hehehe)

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Segunda-feira

Dia de fim de férias
1
Dia de começar dieta
1
2
Dia de assistir novela
1
2
3
Dia de voltar a estudar
1
2
3
4
Dia pra começar tudo de novo
1
2
3
4
5
Dia útil
1
2
3
4
5
6
Dia inútil
1
2
3
4
5
6
7
Dia de ir
1
2
3
4
5
6
7
8
Dia de chegar
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Dia de fazer
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Dia de morrer
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Dia de nascer

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ele, um ator sem vaidade


Ontem fui assistir Batman - O Cavaleiro das Trevas. Fora a confusão que deu (meu amigos atrasados - que me esperaram para entrar - achando que eu não tinha entrado - coisa que eu, também atrasada, ja tinha feito), foi bem proveitoso. Apesar de não ser muito fã de filmes que dão... susto (e esperando que esse não desse), eu precisava conferir se aquilo fazia tanto barulho quando estavam anunciando por aí.

Gostei muito das atuações... a do Christian Bale, como o Batman (as vozes que ele dá ao homem e ao herói são tão diferentes que marinheiros de primeira viagem demoram um pouco para perceber que se trata da mesma pessoa), do Morgan Freeman, do Gary Oldman, da Maggie Gyllenhaal (essa deve agradecer ao papai do céu todas as noites por seu talento e pelo irmãozinho básico que tem)... É claro, é um filme hollywoodiano, mas vale a pena assistir pela super hiper mega ultra power produção, e por um algo a mais, que supera tudo o que eu acabei de falar...

... E é a esse "algo a mais" que eu dedico este post. Há bastante tempo atrás eu assisti o filme 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você e o coloquei na minha lista de favoritos. A minha cena predileta era quando o personagem principal, com seus cabelos compridinhos e desgrenhados, corria pela arquibancada do campo de futebol de sua high school cantando para a protagonista "I love you baaaaaby, and if it's quite all right, I need you baaaby..."... Era o Heath, o Heath Ledger, aquele ator que eu achava que só faria filmes adolescentes mas que mesmo assim também tinha sido incluído na lista de preferidos. A partir daí, eu acompanhava o que ele e a Julia Stiles (a 'mocinha' de 10 Coisas...) faziam de longe, via alguns filmes deles de vez em quando... Vi quando ele fez o caubói gay em O Segredo de Brokeback Mountain (com o Jake Gyllenhaal, o já citado irmão da Maggie, inclusive...)

Em janeiro, eu estava lendo alguns blogs aleatórios quando eu li um post lamentando a perda daquele jovem e talentoso ator. Como assim? Eu fiquei sem entender um tempão aquilo que eu estava lendo e fui direto pro Google procurar alguma coisa. Poxa vida, o Heath Ledger, reamente, tinha morrido. Com 28 anos de idade e tudo aquilo que ele tinha pra oferecer. Eu fiquei muito triste, muito mesmo. Pra quem ainda não sabe (eu já devo ter deixado isso claro aqui no blog, ou não, não sei), eu sou muito ligada em interpretação e afins. Como fazer teatro é aquilo que eu quero pro resto da vida - e por isso eu me interesso tanto por aqueles que o fazem - eu senti de verdade por todo aquele potencial ter sido desperdiçado. Fiquei com pena, por imaginar tudo o que ele estava vivendo, as confusões, as ilusões e os enganos que um homem-ator (que, muitas vezes, tem nada e tem tudo ao mesmo tempo) possui dentro de si. Disseram que a causa da morte de Heath foi uma "overdose acidental de medicamentos". Não sei, mas sei o que precocemente perdemos, mesmo sabendo que todos tem o seu momento certo de chegar e de ir embora e etc.

Em Batman, Heath está sensacional. Sem brincadeira, eu ficava vidrada nele, em todas as suas aparições. Não senti medo/ódio/raiva do Coringa, como a maioria disse sentir. Me apaixonei por aquela obra que esse ator construiu. O máximo que fiz, além de admirar aquele cara durante todo o filme, foi rir das piadinhas ácidas e da loucura do Coringa.

Lamento muito que o Heath não tenha podido presenciar o furacão de elogios que está sendo dado a ele, mas fico feliz por ele ter existido e por ter deixado escancarada o que é (e sempre vai ser) a arte.